quarta-feira, julho 29, 2009

Catatau..

 

Dia 24/07 eu soube pelo twitter que o Catatau tinha morrido..e eu juro pra vocês que me leem..foi um dos momentos mais tristes da minha vida, meus olhos ainda marejam quando eu lembro disso.

Pra começar e vocês entenderem.. Catatau era o UFSCão (termo usado para os cachorros que moram no campus da UFSC), mais conhecido ele estava lá desde 97 quando foi abandonado lá ainda filhote. Ele estava em todos os lugares da federal, principalmente no CCE e no CFH, lugares onde ele era melhor tratado pelos estudantes. Todos que o conheciam achavam que ele era a alma da UFSC. Ele foi achado morto, sem sinais de violência num dos CU’s (Córregos Universitários) que fica próximo ao CDS. foi enterrado por servidores próximo a Pira, um monumento que fica em frente a Reitoria.

Eu conheci o Catatau no meu primeiro dia de aula, tinha aula as 8:20 e cheguei na UFSC às 7:50..coisa de caloura..Cheguei, achei a sala e claro fiquei com tempo de sobra até a aula começar..sentei no banco do hall e de repente eu olho pro lado e vejo esse cachorro sentado me olhando, balançando o rabo peludo..eu quase não gosto de cachorro fiz carinho na cabeça dele..foi quando ele simplesmente deitou e se abriu..de barriga pra cima..pronto ali nos tornamos amigos..desde então ele passou a me fazer companhia sempre, no meu trote descobri o nome dele..sempre que me via balançava aquele rabão..e quando eu falava o nome dele ele deitava..por 5 anos ele foi minha companhia mais constante na UFSC..pensei em levar ele pra casa..mas creio que ele nunca se adapataria..a UFSC era o domínio dele..andava sempre com um ar superior..de quem conhece o lugar e sabe como as coisas funcionam..nas manhãs mais odiadas por mim, aquelas em que eu tinha aula às 07:30, eu passava na frente do CCE e lá estava ele acordando..”Bom dia Catatau!” “Au, au”..sim ele sempre me respondia quando eu dava bom dia..se espriguiçava e andava comigo até o CFH..a gente repartia um pão de queijo..ele não gostava muito, preferia muito mais os empanados ou uma bolacha recheada..mas era o que tinha né..depois eu ia pra aula e ele seguia o rumo dele..cansou de ouvir reclamações minhas do curso, dos professores, da vida..

Não sei como será ir até a UFSC e não encontrá-lo..o que aconteceu com ele tem que ser investigado..com certeza o lugar onde ele está enterrado será o destino de peregrinações durante o período dos trotes, um jeito dos veteranos manterem viva a memória dele..

Pra mim é como se um amigo tivesse morrido, me dava melhor com ele do que com a maioria das pessoas que conheci na federal..e com certeza não sou a única..tem matéria sobre ele até no G1, portal de notícias da Globo..

Pra sempre..saudades! Fica bem aí no céu meu amigo!

Um comentário:

karine Ferreira disse...

haaa que triste...
mas são coisas da vida, com certeza ele marcou a vida de muita gente lá!
grande bju e muita paz!